Batendo Boca com o 5Bocas

domingo, junho 27, 2004

Perfil I

O BELO VÔO DO FALCÃO

Inauguro o espaço PERFIL com um dos meus maiores ídolos no futebol.

Paulo Roberto Falcão nasceu em outubro de 1953, e fez história em Porto Alegre, no Brasil e depois na Itália. Muito novo comandou o grande inter dos anos 70, recebendo o bastão de Elias Figueroa, e sagrando-se tri-campeão brasileiro, sendo que no último , em 79, foi de forma invicta, fato único até hoje.

Em campo um líder nato, que exibia um comando invísivel para a torcida(sem gestos largos), uma eminência parda. Contudo, Falcão ditava o ritmo e "facilitava" o jogo de todo o time, aparecendo em todas as partes do campo, saindo da defesa, articulando no meio as jogadas de ataque, fazendo belas tabelas e lindos gols. Suas características incluiam um grande senso de colocação, categoria acima da média, economia nos dribles (sempre na hora certa), chutes e passes precisos.

Falcão jogou pouco na seleção brasileira, e logo no início da carreira foi surpreendido por Claudio Coutinho, que preteriu-o levando Chicão para a copa do mundo de 1978, na Argentina. Na copa de 1986, no México, esteve presente, mas sem reunir boas condições físicas, se limitou a poucos minutos de jogo. Assim, seu show ficou reservado para 1982 na Espanha, quando ele entrou para a história ao liderar uma equipe de astros, que contava ainda com Zico, Sócrates, Cerezo, Junior e cia.
Nesta copa atuou nas cinco partidas do Brasil e marcou 3 gols, apresentando um futebol tão refinado que foi agraciado com o prêmio de segundo melhor da copa (bola de prata), mesmo tendo sido elimindao ainda nas quartas-de-final. Acredito que o jogo contra a Argentina (3x1), foi sua maior atuação pela seleção, mesmo tendo jogado uma barbaridade tanbém contra a Itália. Só que no jogo contra os hermanos, ele quase nos brinda com o que seria um dos mais belos gols de todas as copas, quando fez uma tabela com Sócrates no alto, e sem deixar a bola cair emendou de primeira e de perna esquerda no travessão de Fillol, uma pintura.

Falcão foi rei de roma, comandando a equipe da Roma nas conquistas da copa itália e do campeonato italiano, "gastou" tanto a bola por lá que até hoje é reverenciado por aquelas bandas. Deixou em nossa memória belas jogadas e belos gols como o do emocionante empate contra a Itália na copa de 1982, ou o de raça e talento contra o Palmeiras na semifinal do brasileiro de 1979, ou o da espetacular tabelinha de cabeça com escurinho , marcando já nos minutos finais da final do brasileiro de 1975 contra o Cruzeiro.

Hoje é comentarista da Rede Globo, e continua a exibir toda a sua visão de jogo acima do normal, sua educação, simplicidade e inteligência nos comentários, além de muita paciência para aguentar o Galvão Bueno.

Em minha opnião, Falcão foi um dos 3 jogadores mais completos do mundo, que tive o prazer de ver em ação. Dominava os quatro fundamentos importantíssimos do futebol, que são: marcação, passe, drible e chute.
Acho díficil ver alguém repetir o que o anjo louro fazia em campo, pois diziam na época que ele deveria jogar de terno e gravata, tamanha era sua elegância e o tratamento que dispensava a amiga, a bola.

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