Batendo Boca com o 5Bocas

quarta-feira, junho 06, 2012

A MAGNÉTICA

A MAGNÉTICA


Jorge Ben (ou Benjor) soube definir com precisão cirúrgica o apelido da torcida do Flamengo, o maior e mais carismático clube do Brasil tinha que ter uma torcida a altura, com vontade própria, com magnetismo. Que fosse capaz de magnetizar os jogadores dentro do campo, empurrando-os para as vitórias, um décimo-segundo jogador.

A torcida do Flamengo sempre lançou moda e tendências no futebol brasileiro, ou algum flamenguista de carteirinha já se esqueceu quem foi a primeira torcida organizada deste País? Isso mesmo, a Charanga de Jayme de Carvalho, criada em 1942 e que animava os jogos com sua famosa bandinha.

Depois, em 1978, esta torcida maravilhosa criou uma versão de uma marcha ufanista do governo militar que caiu nas graças da galera e é repetida até hoje: “Conte comigo Mengão, acima de tudo rubro-negro, Oh meu mengão eu gosto de você...”.

E quando se ouviu pela primeira vez a torcida gritando o nome de cada jogador da escalação, do goleiro ao ponta-esquerda, com uma pequena alteração na ordem numérica, é que nesta homenagem, o 10 sempre vinha depois do 11. Aquele era um momento solene, era a hora de enchermos os pulmões e gritarmos o quanto amávamos o nosso deus: “Zico, Zico, Zico...”.

Depois veio a década de 90 e trouxemos da Argentina, de um jogo contra o Boca Juniors, a batida de palma de mão espalmada, que na versão rubro-negra foi um espetáculo em preto e vermelho, principalmente na trajetória do “penta” comandado pelo maestro Junior.

E mais recentemente teve o grito de “poeira, poeira, levantou poeira...”, a música de Ivete Sangalo embalou os dribles de Felipe na condução de mais um carioca para a Gávea, e ainda sobrou espaço para homenagear Ayrton Senna com o tema da vitória adaptado para o universo rubro-negro.

Realmente esta torcida é um capítulo à parte na história deste clube e do futebol brasileiro, e eu teria um desgosto profundo se faltasse o Flamengo e a torcida do Flamengo no mundo....

Um forte abraço
Serginho5Bocas



A PERGUNTA NÃO FOI BEM FEITA

A PERGUNTA NÃO FOI BEM FEITA


Foram perguntar a jogadores “chegados” de Ronaldinho Gaúcho se o comportamento dele estava correto nesta contenda com o Flamengo e se o Flamengo teve a atitude correta em relação ao jogador. É óbvio que todos saíram pela tangente ou em defesa do dentucinho, e quem poderia dizer algo contra ficou calado e saiu de fininho para não se comprometer com um amigo. Isso é código dos boleiros.

A questão é complicada, o Flamengo não quer pagar ninguém direito e se acha cheio de razão, por outro lado, Ronaldinho não respeita a hierarquia e os compromissos que o clube lhe impunha, quem poderia estar com a razão? Ninguém.

Como diz o adágio: “Fim da relação é quando um fala inglês o outro alemão e os dois tem razão.”

Agora, se quisessem saber a verdade da boca dos atletas, deveriam ter feito a pergunta de outra forma, que tal:

“ Se você fosse o presidente de um clube e um atleta seu não se apresentasse no horário estabelecido para os treinos, faltasse aos compromissos agendados pelo patrocinador, levasse mulheres para a concentração sem a permissão da comissão técnica e jogasse bem abaixo do esperado, você manteria esse atleta no grupo?”

Temos esse problema em nossa imprensa, reclamam que os jogadores são mal instruídos e respondem sempre as mesmas respostas, mas que tal mudar o formato das perguntas?

Um forte abraço
Serginho5Bocas