Batendo Boca com o 5Bocas

domingo, setembro 23, 2012


ENCONTRAMOS O CARA?

Paulinho do Corinthians

Não estamos falando de nenhum cracaço de bola, de algum extra-classe, mas para o atual momento da seleção brasileira, de um jogador de muitas qualidades.

Paulinho é muito superior aos seus concorrentes diretos na posição de volante da seleção brasileira.

Não dá “bordoadas a torta e a direita” como seus pares, toca muito bem a bola, sabe dar velocidade na transição da defesa para o ataque, chega constantemente a frente e ainda faz os seus golzinhos com uma certa freqüência.

Paulinho é um sopro de qualidade nesta savana, nesta mediocridade que nossos treinadores desde a base nos vêm enterrando, eles querem nos obrigar a fórceps o entendimento de que a posição requer muita força bruta e pouca habilidade.

Demorei um pouco para percebê-lo, pois ando muito desconfiado com esse “monte” de craques que o parque São Jorge vem produzindo e enfiando na seleção desde que a dupla Andre Sanchez e Mano Menezes assumiram o comando. Sou muito ressabiado com esse pessoal “paneleiro”, viu.

Paulinho vem lutando por uma vaga, que em minha opinião, já é dele. O que ele ainda não sabe, é que ele é nossa grande esperança de convencer esses rudes corações, esse bando de mestres e professores,  que o futebol bem jogado pode prosperar e achar o seu espaço.

O cara chegou (Paulinho), pegou a camisa dele e falou: “essa e minha”.

Espero que a partir da chegada dele, aquele bando de brucutus vá saindo de fininho e não volte mais.

Vai de retro!  

  

Um forte abraço
Serginho5Bocas

 

 

SÉRIE GRANDES JOGOS – SELEÇÃO DO BRASIL

CURTAM MAIS 3 JOGAÇOS E SEUS HERÓIS

 

BRASIL 2x3 ITALIA
1982
O jogo mais dramático de minha vida, simplesmente inesquecível. Ás vésperas de completar 15 anos, chorei sentado no chão da sala em frente ao televisor sem acreditar no que acabara de acontecer.

Fui jogar uma pelada pra esquecer e levei uma entrada que cai no chão, batendo com o queixo no cimento e levando 5 pontos para nunca mais esquecer do dia 5 de julho de 1982.

Foi a marca indelével do enfrentamento de duas escolas completamente antagônicas e que nesse dia o David em campo venceu o Golias.

Tudo que Bearzot poderia sonhar de mais bonito se concretizou da forma mais inesperada, dramática e teatral como nenhum italiano jamais poderia acreditar que acontecesse.

Naquele dia, o Brasil fez o que tinha que fazer sem tirar nem pôr e por mais que se veja este jogo de novo, até mesmo duzentas vezes, todo brasileiro vai achar que o gol de empate vai sair daqui a pouquinho, mas os erros individuais custaram muito caro a uma equipe que prezava demais a coletividade, uma enorme ironia do destino.

Sabe por que aquele jogo é chamado de Tragédia? Porque não poderia ser apenas um clássico, senão uma tragédia (de Sarriá) quando existe uma enorme diferença técnica entre as duas seleções. Deu para entender agora?

Um exército de pequenos mas bravos guerreiros, fizeram o impossível e venceram os gigantes, orgulhosos e poderosos jogadores de futebol brasileiro, impensável, mais factível.

Essa é a grande mística, naquele dia se fizéssemos o terceiro eles com certeza fariam o quarto. 


 

 

BRASIL 1x1 FRANÇA
1986
Jogo dramático em que o Brasil “amassou” a França, mas não fez os gols que precisava para passar adiante. Pagou caro por este pecado e pela falta de sorte de toda uma geração de grandes jogadores, a começar pelo goleiro Carlos que só levou 1 gol em toda a copa e foi eliminado precocemente.

Jogo que marcou a carreira de Zico negativamente. O cara que marcou mais de uma centena de gols de pênaltis, que cobrar este tipo de penalidade era como chupar uma laranja, falhou.

Os deuses do futebol não foram cruéis só com Zico, mas com toda uma legião de fãs, inclusive de companheiros dentro do campo, que na hora da marcação da penalidade já comemoravam tal era a admiração e certeza que o galinho iria virar estátua.

Vejam com atenção e façam as contas, a França teve grandes momentos, mas o Brasil abusou de perder gols, culminando com o perdido por Sócrates no último minuto da prorrogação:



 

BRASIL 2x0 ARGENTINA
1989
Foi o jogo de conhecimento e firmamento entre Bebeto e Romário como dupla infernal, demonstrando como na física e no futebol ás vezes os opostos se atraem.

Essa teoria fica explicita na jogada daquele gol espetacular de Bebeto em passe primoroso de Romário.

Dunga jogou muita bola, Romário fez as vezes de garçom em vários  momentos, mas foi Bebeto quem gastou a bola com classe e inteligência. Seu jogo veloz de toques de primeira e de passe perfeito, se ampliaram neste dia, tanto que ao final da partida Maradona pediu a sua camisa, já pressentindo que aquele jogador franzino com cara de menino abandonado carregava sobre seus ombros muitas glórias e um enorme talento:


 

 
ESCOLA DE FUTEBOL ARTE É AQUI, VALEU GAROTINHO?

Um forte abraço
Serginho5bocas