Batendo Boca com o 5Bocas

sexta-feira, setembro 28, 2012


OS CRAQUES DO PASSADO - DR. SÓCRATES – O MAG(r)O DA BOLA
 

Brasileiro até no nome, Sócrates nasceu em 1954 e faleceu em 2011 deixando para seus fãs neste período de vida uma enorme saudade e um imenso legado.

Ele foi sem dúvida nenhuma um dos mais genuínos exemplos de que o futebol é um dos únicos esportes que não se exige um biótipo definitivo para se sobressair,  lugar comum em outras modalidades esportivas.

Começou a carreira em Ribeirão Preto no Botafogo local onde muito jovem já exibia toda a sua arte, apesar de seu físico impensável para à pratica do futebol e das aulas da faculdade de medicina que quase sempre impediam que ele pudesse conciliar com os jogos do campeonato.

Logo cedo ganhou a alcunha de doutor, uma alusão a um misto de sua escolha em estudar a faculdade de medicina somada a sua ótima técnica e habilidade num campo de futebol que o distinguia dos seus companheiros.

Jogou ainda no Corinthians, onde foi ídolo e viveu sua melhor fase, conquistando 3 títulos paulistas, também jogou na Fiorentina, no Flamengo, no Santos e na seleção brasileira, confirmando o que se esperava dele, fazendo história com a camisa amarela pela sua inteligência dentro de campo e pela liderança que o tornou capitão da fantástica seleção de 1982.

Não foi “só” isso que o Magrão fez, ele reinventou a jogada de calcanhar no futebol. Nunca antes nem depois alguém foi capaz de reproduzir com tanta maestria esta jogada. De calcanhar, ele deu passes maravilhosos e inesperados, fez gols e deixou sua marca indelével.

Impossível esquecer seu gol de empate contra a U.R.S.S. na estréia do Brasil na Copa do Mundo de 1982, ou ainda do primeiro gol do Brasil contra a Itália naquela fatídica partida desta mesma copa, que nos eliminou tragicamente. Vale ressaltar a frieza e a categoria para escolher o canto entre Zoff e a trave, tendo a capacidade de bater na bola sem dar a mínima chance de defesa para o goleiro italiano.

No entanto e apesar de toda a bola que ele jogava, deixou uma lacuna em sua carreira que foi não ter conseguido se sagrar campeão do mundo, seguindo os passos de sua geração.

Talvez os mais jovens ao assistirem os jogos reprisados daquela época imaginem que ele era fácil de ser marcado em razão de seu frágil físico e de sua pouca velocidade. Ocorre que ele compensava essas deficiências usando a inteligência que lhe era peculiar, tocando a bola de primeira, chutando e cabeceando com extrema categoria e qualidade.

Digo e repito sem sombra de dúvidas que naquela época se até mesmo o seu irmão Raí, campeão do mundo, tivesse que disputar posição com ele, tenho certeza que amargaria um “banco”, pois muita gente boa não teve a menor chance de jogar na seleção daquela época, pelo simples fato de que havia um Doutor dono daquela camisa.  

Fique com a luz de deus meu ídolo.

 
 

Um forte abraço
Serginho5bocas 


MÁQUINA DO TEMPO – Os 2 monstros sagrados do futebol brasileiro
 

Pelé e Garrincha, o Rei do futebol e a alegria do povo.

Que Pelé e Garrincha juntos em campo era sinônimo do puro estado da arte, talvez você já até soubesse, o que provavelmente não sabia é que quando esta dupla entrava em campo juntos com a camisa amarelinha nunca perderam, é isso mesmo que você leu, NUNCA!

Coincidência ou superioridade à parte, aquela época foi a que o Brasil teve a sua já decantada supremacia confirmadíssima através de títulos, gols e jogadas do mais puro e genuíno futebol brasileiro.

Para confirmar esta história, nada mais justo e interessante do que um dado irrefutável: Depois deles, encantamos e não vencemos ou vencemos e não encantamos, mas o fato é que nunca mais conjugamos os dois verbos afirmativamente, curioso e uma pena.
 

Um forte abraço
Serginho5bocas