Batendo Boca com o 5Bocas

domingo, novembro 25, 2012


MANO RODOU NA COVARDIA

 

Como as coisas funcionam com lógica distinta e diria até invertida no mundo encantado da CBF. Quem diria heim?

Mano, o cara que caiu de paraquedas e vinha mal pra dedéu, fazia o Brasil jogar pedrinha em santo, a gente reclamando barbaridades e nada.

O Brasil não venceu nenhum dos amistosos contra as grandes seleções do futebol, perdeu a Copa America, o ouro Olímpico e nada.

Mano experimentava as formações mais improváveis e de gosto duvidoso, testava jogadores fracos e sem condições técnicas de vestir a camisa da seleção e que só com paciência de um monge dava para aturar e nada.

Ai, quando finalmente parecia que o time havia melhorado, quando Mano Menezes parou com o laboratório do “mal” e começou a ter alguns lampejos de qualidade e coragem a frente da seleção, o cara é derrubado pelas costas, tem algo de podre no reino da Dinamarca, né?

Mano finalmente parecia ter se convencido de que para vencer a Copa do Mundo, não iria ter a mínima chance com o grupinho “fechado” que vinha chamando, aquele bando de perna de pau amarrada, que ninguém aguentava assistir mais do que 30 minutos e desligava a TV para dormir.

Justamente quando jogamos a melhor partida da seleção, contra a Colômbia, quando ele reuniu gente que sabe jogar um pouquinho de futebol e quando o time me pareceu mais confiante e com alguma concepção tática, ele é derrubado.

Agora é só chamar um dos mestres de plantão, alguém da panelinha, ávido para pegar essa molezinha e ir para o abraço e pronto.

Daqui a pouquinho ninguém nem lembra que o Mano esteve ali, ele não está sozinho. Num passado bem recente, Parreira, Evaristo, Edu, Carlos Alberto Silva, Falcão entre outros, foram “fritinhos” de um jeitinho bem similar.

Ficar indignado pra quê? O que mais se poderia esperar desta confederação?
 

Um forte Abraço
Serginho5Bocas

 

 

 

 


OS BONS SÃO MAIORIA
 

Não sei por quem foi cunhada a frase acima, mas na propaganda de um refrigerante famoso, teve a intenção de motivar as pessoas a fazer o bem, a não desanimar diante de tantas coisas ruins que vemos e ouvimos diariamente.

A intenção é boa, pena que lá no fundo da mensagem, nem todos são capazes de identificar que a frase está incompleta, que infelizmente há um pedaço da frase, uma segunda parte da oração que está implícita e seria mais ou menos assim: “...PENA QUE NÃO ESTÃO NO COMANDO.”

É isso mesmo, quem manda, quem dá as ordens ou as cartas, são sempre os mesmos, os mal intencionados. Eles chegam de mansinho, vão aprendendo as regras e vão traduzindo em maldades, em como tomar conta legitimamente e depois dar a estocada final.

Veja que onde o dinheiro corre solto, lá estão eles, chefiando setores e empresas inteiras, ditando as regras nos clubes e agremiações, legislando as leis que no futuro não os prejudicarão, fazendo lobby na câmara e no congresso, fisiologismo, corporativismo, ou seja, sempre estão comandando as ações que prejudicam a maior parte, justamente os bons.

No futebol por exemplo, veja o que fazem na FIFA e na CBF. Poucas pessoas se mantém no poder e criam mecanismos para se perpetuarem e quando não satisfeitos em tornar a coisa vitalícia para eles, extrapolam o pacote de maldades e transformam a paixão mundial em capitanias hereditárias.

Os clubes brasileiros ocorre o mesmo fenômeno, os bons não querem se misturar e é ai que mora o perigo. Quando os bons não brigam pelo poder ou pelo menos ajudam a criar mecanismos de justiça, a raposa toma conta do galinheiro. O pior é que funciona como um efeito dominó, os empregados do clube, os jogadores e as torcidas organizadas rezam da mesma cartilha e seguem o mesmo caminho degradante.

Nesses muitos anos acompanhando o esporte, vejo que muita coisa já mudou e pra melhor, em esportes como Vôlei, Judô e Natação e mais recentemente no Basquete que está voltando a ter popularidade. Outros esportes como handebol, ginástica artística, boxe e taekwondo saíram do limbo e já trazem medalhas em grandes competições esportivas, mas lá o progresso e a civilização parece que está chegando.

No futebol ainda há um longo caminho de mudanças a ser trilhado, mas acho difícil em razão do comportamento dos próprios clubes que são reféns destas mazelas. Não se pode fazer teatro e reclamar de frente para a imprensa e pelas costas, na calada da noite, acordar com os métodos mais espúrios, traindo a confiança dos torcedores, patrocinadores entre outras partes interessadas.

A frase tema desta crônica com uma pequena alteração: “OS BONS SÃO MAIORIA, PENA QUE NÃO ESTÃO NO COMANDO”, é na verdade um alerta de  que precisamos mudar o nosso próprio comportamento e não deixar esta “corja” tomar conta de tudo que está por ai.

 

Um forte Abraço
Serginho5Bocas