Batendo Boca com o 5Bocas

sexta-feira, julho 24, 2015

GIGHIA, MARCANAZO, ALEMANHA 7X1, TUDO BEM
24 de julho 2015

No último dia 16 de julho, exatos 65 anos após o “maracanazo”, o dia em que o Uruguai venceu o Brasil no Maracanã, na final da copa do mundo do Brasil, faleceu o último jogador presente naquela tragédia e por ironia do destino, não poderia ser outro senão o carrasco brasileiro Gighia, o homem que fez o gol da vitória.

De todos em campo foi o último a falecer. Lenda viva do jogo, do esporte e das copas do mundo, ao lado de obdúlio varela, foi um dos principais nomes do Uruguai no dia do bicampeonato. Obdúlio como o grande capitão que amedrontou os brasileiros e Gighia o cara que fez gol em todos os jogos da copa (4) e o cara que fez o gol da vitória.

Eles ajudaram a construir e ampliar a lenda da garra uruguaia, das vitorias heroicas frente as esquadras mais técnicas e implementaram a maldição da celeste que por ironia do destino, nunca mais venceram uma copa do mundo.

Em contrapartida, pelo lado brasileiro foi só tristeza. Barbosa encabeçou a lista dos miseráveis perdedores, sofreu com seus companheiros longos anos no pais do futebol. Foram escurraçados e amaldiçoados como mal presságio, mal agouro e o escambau a quatro, foram condenados a pena perpetua num pais que nem tem este tipo de pena.

Engraçado é que isso foi ganhando dimensão justamente porque eles tinham muita qualidade no que faziam e perderam, dai o nome de tragédia, e então podemos medir a dimensão de toda a tristeza que aqueles jogadores proporcionaram a torcida brasileira. E olha que os uruguaios não eram zebras, muito pelo contrário, eram ao lado dos argentinos, os bicho papões dos anos quarenta. Os uruguaios já eram campeões do mundo e dividiam com os argentinos a supremacia dos títulos sul americanos.

Vejam vocês a ironia do destino, a sociedade brasileira ao longo dos anos mudou completamente, pois se eles jogassem hoje, não haveria o menor problema, rapidamente a derrota seria esquecida e os jogadores viveriam uma vida normal. Pois na segunda copa do mundo aqui no Brasil, agora em 2014, fizemos uma copa medíocre e fomos nos arrastando até a semifinal contra os alemães, quando fomos literalmente atropelados, mas ninguém ficou triste, poucos choraram, ficamos é assustados, pois mesmo tendo apresentado um futebol horroroso, 7x1 é dose pra leão. O susto foi rapidamente absorvido.

Hoje passados mais de 1 ano, ninguém fala mais nisso e parece que nada aconteceu mermão. incrível, lamentável, mas é real. Perder feio já foi banalizado é assim mesmo, ninguém é mais bobo, somos modernos, certo?

Por outro lado o raciocínio até que esta correto, pois se você não assusta mais ninguém, não há o que chorar o leite derramado. Sinal dos tempos é o que vivemos e sofremos atualmente e assim vamos agonizando...  

Que beleza!!!!

Um forte abraço

Serginho5Bocas

A SALVAÇÃO DO FUTEBOL BRASILEIRO
24 de julho 2015

Imagine a seguinte cena: um grupo de raposas reunidas discutindo num congresso de animais silvestres, quais as melhores praticas para proteger as galinhas do galinheiro dos ataques das...sim, isso mesmo, das raposas.

Chega ser cômico pra não dizer trágico ou lamentável, saber pelos jornais que recentemente, grandes nomes do futebol brasileiro, se reuniram no Conselho de Desenvolvimento Estratégico do Futebol Brasileiro para discutir soluções para o nosso combalido futebol tupininquim.

O nome é pomposo, bem ao estilo da rapaziada, mas que fique claro, os grandes nomes que se reuniram, são aqueles que vem nesses últimos 40 anos, se revezando amiúde no comando da seleção brasileira, ou seja, os mesmos que vem ajudando a enterrar a seleção, agora vão salva-la...Putz!

O projeto, como sempre, é mais do mesmo. Faz parte daquela máxima que sempre que perdemos mais uma copa do mundo (desta vez, América), vamos mudar tudo, vamos reformular a seleção e blá, blá, blá. No final troca-se a cagada, mas as moscas...

O que se vê na verdade é um colegiado com o velho e surrado grupo que mantém o comando da seleção sem dar chance a novos pretendentes. Zagallo, Parreira e mais recentemente Felipão e Dunga encabeçam a lista como sempre. Para se ter uma ideia do rodízio entre amigos, vejamos:

70: Zagallo e Parreira
74: Zagallo e Parreira
83: Parreira (copa américa)
94: Parreira e Zagallo
98: Zagallo
02: Felipão
06: Parreira e Zagallo
10: Dunga
14: Parreira e Felipão
18: Dunga...

Em 12 copas, só deram chance para Coutinho que era militar e veio do grupo de 70, Telê (exceção das exceções), Lazaroni (invenção do Eurico Muranda com apoio do Nabi) e só.

Vejam vocês que neste período tivemos muita gente boa que deveria ter tido uma chance e foram preteridos por diversos motivos, entre eles: João Saldanha, Osvaldo Brandão, Rubens Minelli, Ênio Andrade, Murici, Luxemburgo, Mano Menezes e Tite são só alguns dos principais nomes que recordei.

Nessa ciranda que eles criaram, já perderam um monte competições, desintegraram invencibilidades históricas, construíram vexames inesquecíveis e nada disso é capaz de faze-los sucumbir, estão sempre lá, no comando. Deve ser muito duro largar o osso né? Para muitos nem é a grana é a vaidade!

Ás vezes queria ser uma mosca dentro da sala só para ver o que eles discutem nestes encontros, pois percebo que estamos sempre olhando para o passado. Não que devêssemos ignorar as glórias antigas, mas sim, aprimorar o que temos de “handcap” de “know-how”  e não ficar presos a conceitos que podem ser melhorados.

Deveríamos ter:
ü  Uma liga de clubes forte que pudesse competir com os maiores centros futebolísticos mundiais, dificultando a saída de nossos maiores e melhores jovens valores.
ü  Utilizar ex-jogadores que tivessem perfil adequado para multiplicar conhecimento.
ü  Olheiros nas peladas, nas várzeas ou em qualquer lugar que tivesse uma pelada ....
ü  Aprimorar a parte técnica e tática, abrindo mão da priorização da força física.
ü  Relegar a CBF apenas a seleção
ü  Criar um conselho para gerir a CBF, pois é inadmissível uma empresa que usa as cores da bandeira nacional, o hino nacional, a força e o poder financeiro dos torcedores brasileiros, dizer que é privado e não sofrer nenhuma ingerência externa.
ü  Reduzir o tamanho dos campeonatos regionais para dar espaço a outras competições ou amistosos mais rentáveis. 
ü  Eleições com voto facultativo para toda a população para presidente da CBF  e técnico da seleção.


Há muito anos que já não vejo uma seleção brasileira nos entusiasmar, que gere uma sensação de que somos fortes, favoritos. Há muito tempo que disputamos como qualquer outro país, participamos de competições que antes éramos temido e que hoje não assustamos ninguém.

Já passou da hora de dar um basta, estamos caminhando a passos largos rumo ao volume morto do futebol brasileiro ou como diriam nas peladas, essa turma está quase dando “PT” (perda total) no Brasil.

Até quando meu deus!!!!

Tira o tubo...


Um forte abraço

Serginho5Bocas