OS CRAQUES DO PRESENTE - N° 2 – OS MOSQUETEIROS DA FÚRIA

OS CRAQUES DO PRESENTE

N° 2 – OS MOSQUETEIROS DA FÚRIA

Hoje vou falar não de um, mas de 2 craques que jogam na seleção da Espanha, e de uma escola criada para tornar perene o bom trato a dona bola, a fúria.

A Espanha se notabilizou pelo quase, ou como gostamos de sacanear os torcedores adversários com a famosa frase jocosa: “Nadou, nadou e morreu na praia”, e como morria.

Só que de alguns anos para cá, uma nova geração de jogadores mudou esta imagem ruim. Xavi e Iniesta são os pilares desta mudança, muito bem acompanhados pelos ótimos coadjuvantes Fabregas, Casillas, Xabi Alonso, Puyol, Busquet e Piquet.

Xavi é mais técnico e é o motor da engrenagem, é nele que a bola é gasta, que se cansa de rodar, provavelmente é o jogador que mais deu toques na bola em uma partida em todos os tempos, e como o cara gosta de carimbá-la. A bola procura Xavi e ele agradece, sempre econômico e inteligente, se movimenta o tempo todo para estar disponível e manipulá-la.

Iniesta é o mais habilidoso, sabe driblar, não como um espanhol, mas com velocidade de raciocínio e excelente colocação. Faz poucos gols para um meia que mais se parece com um atacante, mas faz os gols quando o time mais precisa, é aquele tipo de jogador que procura jogo, não se esconde quando o tempo esquenta. A final da copa do mundo prova essa teoria. Quando o jogo parecia que ia para a prorrogação, ele apareceu e bateu com categoria a bola do jogo.

A Espanha implantou uma forma de jogar que já conhecíamos, mas que até hoje foi pouco copiada, pois não é fácil imitar o que eles melhoraram. Jogam o tempo todo marcando forte e quando tem a bola gostam de ficar com ela. Podem perder partidas mas não perdem a posse da bola.

Para esta engrenagem funcionar desta forma “azeitada”, era necessário uma geração especial e ela veio. Foram campeões mundiais sub-20 e alguns anos depois com a chegada de outros talentos, ganharam na elite mundial uma Eurocopa e uma Copa do Mundo.

Periga esse balé ter os dias contados, basta que não haja renovação de talentos e manutenção da escola de jogo. Como brasileiro torço para acabar logo com essa história, mas o perigo é se essa mentalidade já estiver disseminada em todas as categorias. Ai vamos ter que melhorar muito o que estamos jogando.

Hoje a bola está com a Espanha, sob a batuta de Xavi e Iniesta, e olha que os caras nem tem um centroavante matador. Ai se tivessem....não sei aonde poderiam chegar.     

Um forte abraço

Serginho5Bocas