A CAMISA CANARINHO

A CAMISA CANARINHO

É brincadeira a nova camisa da seleção brasileira, o que é aquilo minha gente?

A que ponto chegamos para conseguirmos um contrato cheio de verdinhas bem ao estilo do ex-presidente da confederação brasileira, a camisa canarinho “padrão” do fabricante é horrorosa mermão. Pior ainda é saber que teremos um monte de par de jarras sempre que encontrarmos com outras seleções que tenham o mesmo fornecedor nos amistosos e nas copas que disputarmos. Quanta falta de criatividade e bom gosto!

O Brasil nunca foi muito bom nesse negócio de beleza nos uniformes, mas até que tivemos alguns bem legais. Em 1970 era bem estiloso com a gola redonda que se não me engano era da Umbro, no final da década de 70 a época da adidas, tinha um brilho e elegância, já na copa de 86 (Topper) também ficou maneiro com a gola em “v” e na copa de 94 (outra vez Umbro), a camisa com o escudo em “marca d´água” e aquele short gigante deu um ar despojado, tipo basquete americano, ficou show de bola.

Depois que a Nike assumiu e “standarizou” a brincadeira ficou feia, é bem esquisitinho jogar com um uniforme idêntico ao seu adversário, chega a ser ridículo, mas o que vale e o titlintar da máquina registradora, dane-se o resto.

Já que não tem jeito mesmo e vamos ter que jogar com aquela camisa que todos os jogadores parecem o capitão do time, vou fazer uma homenagem aos uniformes históricos que vi e não esqueci mais: Primeiro o da Holanda (laranja mecânica) de 1974 imponente e elegante como Cruyff seu condutor, tem o da França de 1982 e suas listrinhas belíssimas como o futebol apresentado pelos bleus e seu gênio Platini, muito belo também foi o da Dinamáquina de 1986 e seus números meio de lado bem diferente como o futebol apresentado e capitaneado por Machael Laudrup, e o da Alemanha de 1990 com seus detalhes das cores da bandeira na blusa branca tradicional comandada pela fera Mathaus e por último não poderia faltar o manto sagrado dos anos 80 do Mengão, com as listras grossas vermelha e preta, mas com o calção preto que ficava mais bonito, sob a batuta do genial Zico.

Alô Brasil muda essa!!!

Um forte abraço

Serginho5bocas 

MARACANÃ 2014

MARACANÃ 2014

A dois anos da próxima Copa do Mundo o estádio mais conhecido do País passa por obras e ainda é uma gigantesca dúvida para os cariocas e todos os Brasileiros em geral, particularmente tenho medo e fico puto da vida pela vergonha que pode estar a caminho, já que sempre que as coisas ficam sob a responsabilidade do poder público, dá pane ou “pt” (perda total).

Aqui, tem que vir representante da FIFA dar bico no traseiro para as coisas entrarem no eixo. É vergonhoso, mas até certo ponto engraçado, ver como os nossos políticos se indignaram com o “esporrinho” que o Jackie deu. Para de palhaçada mermão! Toca o enterro e entrega logo esta mercadoria. Vocês não enganam ninguém com este teatrinho pastelão. Até uma criança já está cansada de saber que o estádio vai atrasar e não vai sair pelo preço original. Prepara a caneta e assina o aditivo...

O Engenhão é a síntese do que estou falando, a gente se candidata pra sediar o evento esportivo (PAN 2007), vence a eleição e depois não faz as coisas direito. A “coisa” fica pronta, mas sempre fica parecendo que falta um pedaço. O Engenhão não está completo, falta parte das arquibancadas, faltam vagas de estacionamento, falta beleza externa e interna, qualidade nos assentos, iluminação adequada, sem contar outras coisinhas sem importância, como o nó no trânsito na chegada e saída do estádio e a precariedade de meio de transporte para levar e trazer quem se arrisca a ir de condução.

Qual é o problema? Não temos empresas de engenharia capazes de fazer uma obra? Não temos arquitetos qualificados para bolar traços arrojados e belos? Não temos dinheiro para tocar o projeto? Não temos especialistas de tráfego? Muito pelo contrário. Temos tudo isso de sobra aqui no Brasil, o que não temos é vergonha na cara. E infelizmente quem paga a conta é a galera.

Quem assistiu no sábado passado a final da Champions League, deve ter ficado de queixo caído com o Estádio dos Alemães (a Allianz Arena), um espetáculo por fora e por dentro. O jogo em si foi nota 7,5, mas tudo que cerca é tão bom que a gente fica assistindo até o final, mesmo que o jogo tenha sido de um lado uma retranca típica italiana com tempero inglês e do outro um chucrute alemão sem molho. Faltou qualidade nas finalizações, mas até que os goleiros fizeram seu dever de casa com muita qualidade e os gols saindo no final deram um pouco de emoção.

Voltando a vaca fria eu faço um apelo, pelo amor de deus minha gente (diga-se governo federal), pelo menos uma vez, façam uma obrinha que nos deixe orgulhosos. Já que a grana fica descontrolada mesmo, que dêem o recado na finalização do concreto, valeu? Vou ficar de olho heim?

Um forte abraço

Serginho5bocas