ZICO –
60 ANOS DE GLÓRIAS
Minha relação com o meu maior ídolo
Zicô,
Zicô, Zicô... era assim que gritávamos, a plenos pulmões, saudando o verdadeiro
Deus do Mengão, toda as vezes que ele entrava em campo. A primeira vez que
soltei este grito foi no longínquo Flamengo 6x0 São Cristovão em 1978 e a
última foi na despedida do Galo em 6 de Fevereiro de 1990.
Nesses
incríveis 12 anos de convivência entre ídolo e fã (a distância), eu pude torcer
pelo maior ídolo que o futebol me proporcionou e testemunhar muitas alegrias e
tristezas dele.
Antes
de mais nada devo dizer que sempre fui mais “Ziquista” do que Flamenguista, que
me perdoem os menos fanáticos pelo galinho ou que não tiveram este prazer, não
daria mesmo para entender o significado, o que este jogador e ser humano
representou para várias gerações.
Quando
menino, ainda em 1977, ele me fez trocar de time, para desagrado do seu
Domingos, uma das raríssimas (quem sabe a única) vezes que contrariei uma
vontade do meu velho pai tricolor.
Também
me fez acompanhar o campeonato italiano aos domingos, só para ter notícias
suas. O Udinese ganhou um torcedor fervoroso no Brasil, pelo menos naquele
pequeno espaço de tempo. Mas tenho que reconhecer que no inicio foi um duro
golpe. Perder Zico no auge e para um time que considerávamos pequeno, foi
realmente duro demais.
Zico
tem inúmeros fãs no Brasil e no Mundo mesmo sem ter vencido uma Copa do Mundo sequer,
seu legado ultrapassou esta barreira.
Zico
jamais decepcionou seus fãs e ás vezes eu fico imaginando até aonde ele poderia
ter chegado se tivesse vencido ao menos uma das três Copas que disputou.
Zico
nunca foi esperto, nunca gostou de levar vantagem em qualquer coisa, por isso
arrebanhou uma lista extensa de fãs, homens, mulheres, crianças e idosos,
flamenguistas e não flamenguista, é raro alguém que fale mal do galinho, só tem
vitórias.
Ele
disse uma vez que não aprendeu nada na Itália, num momento de desabafo pela
insistência do repórter querendo endeusar o campeonato italiano, mas pensando
bem, o que ele poderia aprender? Zico com toda a sua humildade e altruísmo, só
tinha mesmo a ensinar.
Zico
tinha alma para jogar bola.
Zico
tinha raça para jogar bola.
Zico
tinha um talento enorme para jogar bola.
Zico
tinha tudo para jogar bola.
E
ele jogou, como jogou.
A única vez em que pude estar ao lado do Zico, foi na ocasião acima. Um torneio de master no CFZ vencido pelo Mengão em 2001. Lembro que ele foi o único, veja bem, o único e parar no sol de meio dia e falar com todos os torcedores que esperavam os jogadores para pedir uma foto ou autográfo. É por isso que ele é o ZICO.
Nunca fui tão feliz antes (de Zico) nem depois...
ESTA É A MINHA HUMILDE HOMENAGEM AO ÍDOLO DE MINHA VIDA.
Um forte
abraço ZICO
Serginho5Bocas