SELEÇÃO
BRASILEIRA DO MANO – Novembro de 2012
Torço
demais para o Mano Menezes me surpreender e montar uma seleção Brasileira digna
dos melhores dias de seleção Brasileira, porque até agora, exceto por ontem, passados
2 anos e um monte de jogos e convocações, o time do Mano está devendo, já foi
pra cheque especial e se não reagir e começar a jogar bola, vai pagar juros de
cartão de crédito e poderá perder até as calças na roleta russa que é dirigir
essa carreta “FNM” desgovernada , chamada BRASIL.
Mano
ainda me dá um pouco de esperança, porque é um estudioso do futebol, parece gostar
de aprender novas formas de jogar o jogo e o ponto forte dele, é que ele não é
de implicâncias com este ou aquele jogador, felizmente tem maturidade para
perdoar pequenos deslizes, eu disse pequenos, dos mimados jogadores de futebol Brasileiros.
Há
tempos eu sonho ver a seleção jogando com jogadores que sabem jogar bola e que
tenha no comando, alguém que consiga fazê-los ou deixe-os jogar bola?
Com
toda a sinceridade, nesses muitos anos de torcedor, só vi um técnico brasileiro
que fez a seleção nos dar orgulho e jogar futebol Brasileiro, chamava-se Telê
Santana. Com ele, as coisas eram simples, não tinham palavras difíceis e
esquemas mirabolantes, era treinar fundamentos, posicionamento e o melhor de
tudo, deixar quem sabe jogar bola, jogar bola e pronto.
A
seleção de Telê também foi questionada, e muito, era motivo de chacota no
programa humorístico do Jô Soares, que inclusive criou um bordão que caiu na
boca do povo, era o famoso: ”Bota ponta Telê”. Tudo porque Telê não convocava
pontas, como os pontas do passado, aqueles dribladores sensacionais com a bola
nos pés, mas que normalmente eram avessos a marcação e a disciplina tática.
Na
época eu me perguntava se ele estava certo, mas hoje, vejo que ele estava anos
luz na frente de todos. Telê em 82, colocou no mesmo time dois volantes quando
ninguém jogava assim, também não tinha ponta direita, ele tentava fazer uma movimentação
com os homens de meio, cada um caindo de vez em quando pelo flanco e o melhor
daquilo tudo é que ás vezes não tinha centroavante, como nas etapas finais dos
jogos contra a U.R.S.S. e contra a Itália, quando Paulo Isidoro substituiu
Serginho, dando muito mais senso de marcação e dinâmica ao time.
Mano
deveria se espelhar nesses conceitos que são velhos, mas que a critica
especializada vive dizendo que é novidade. O flamengo de 82 com Tita e Lico não
tinha 2 pontas dribladores, mas sim, dois belos atacantes que também eram marcadores
incansáveis, que tanto incomodavam a saída de bola adversária quanto fechavam o
meio na hora em que perdiam a posse de bola.
Confesso
que vinha sendo complicado ver a seleção brasileira jogar nos últimos anos.
Outro dia me dei conta que nem ligo mais quando o horário do jogo é
incompatível com o trabalho, já penso que não vai ter emoção mesmo, pra quê ver
o jogo? Ora o adversário é muito ruim ou o Brasil é que está muito ruim da
bola.
Estou
certo de que nunca nessa minha vida, vi tanto cara ruim jogando na seleção, nem
vou perder meu tempo citando os nomes desses caras pra não dar moral, e de mais
a mais, se os caras são tão ruins eu não tenho mesmo que decorar seus nomes,
né?
Para
se ter uma ideia, desde o jogo Brasil x Holanda na copa de 1998 que eu não me
lembro de ter visto um jogo de nossa seleção de tirar o fôlego. Aquele dia foi
o que eu poderia chamar de crepúsculo da amarelinha. Espero estar redondamente
enganado, que o jogo de ontem tenha sido um divisor de águas.
Por
favor Mano, não me faça tomar nojo de você?
Você
é uma das minhas últimas fichas, valeu?
Sou
o primeiro a dizer que o Brasil já é um dos favoritos da Copa das
Confederações de 2013.
Um
forte abraço
Serginho5Bocas